sábado, 19 de janeiro de 2013

Riqueza pobre.

Amados!!!

A Paz do Senhor!!!

Tenho escrito pouco neste espaço... Falta de tempo, escrevo mais no Facebook (https://www.facebook.com/#!/alfonso.ribeiro.9), no melhor estilo "microblog" (sim, no microblog mais famoso, o twitter - https://twitter.com/alfribeiro -, também tenho escrito pouco). Porém, vez por outra, surge um outro assunto que, pelo absurdo, urgência, ou simplesmente, zêlo, cabe-me escrever, pois continuo me vendo como a voz que clama no deserto - sofrendo as mesmas acusações que o referenciado João Batista..
 
A Forbes Brasil noticiou dia 17/01/2013, com atualização dia 18/01/2013,uma lista com os pastores mais ricos do Brasil (http://forbesbrasil.br.msn.com/negocios/bispo-edir-macedo-%c3%a9-o-pastor-mais-rico-do-brasil-com-uma-fortuna-de-usdollar-950-milh%c3%b5es). Beleza. Trabalharam pra isto. Ninguém ali, até onde sei, é assaltante, ou ladrão de banco, ou traficante, ou algo assim. Foi trabalho, o que torna o crescimento do patrimônio, algo lícito. Contudo, meus DOIS fiéis leitores conhecem a Bíblia e ao lerem sobre a licissitude, lembrar-se-ão do texto paulino nas Sagradas Escrituras: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm" (I Co 10:23a).
 
E porque não convém? Ora, por causa dos que dizem as sagradas escrituras. Não se ensina a Palavra visando lucro, nem se encontra nas sagradas escrituras um caminho para a prosperidade (coincidentemente, todos os pastores envolvidos na reportagem da Forbes, são adeptos da chamada Teologia da Prosperidade - esta, aliás, passa longe da minha casa, da minha vida, do meu cristianismo e só frequenta este blog em, digamos, situações como esta). Quando eu me lembro das palavras do Cristo: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; (Jo 5:39), vem-me à mente que nas Escrituras se encontram mensagens que nos preparam para a Vida Eterna, através da aceitação do Cristo, já que são elas, as Escrituras, que testificam d'Ele.
 
Alguns defensores dos renomados obreiros podem até tentar me redarguir, citando que: "Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho." (I Co 9:14). Beleza, concordamos até, neste ponto. O que não concordo é com o enriquecimento. Tem até um texto interessante, com este subtópico: "Viver do Evangelho não é a mesma coisa que enriquecer às custas do Evangelho!" no seguinte endereço eletrônico: http://intellectus-site.com/site1/artigos/o-Evangelho-e-o-dinheiro.html.
 
Gente, o tema é extenso e acredito que cada qual deve ter uma opnião e um posicionamento sobre o assunto, contudo, no meu entendimento, devemos fazer como os grandes heróis da fé ao longo do tempo, distribuindo os bens para a obra, como assim fizeram, Agostinho e Francisco, chamados santos pelos católicos e Wesley e Moody, padrões de fé e austeridade para cristãos de todos os tempos.
 
Apenas para citar, Wesley, quando morreu, deixara apenas a sua caneca, um prato e uma colher, pois o resto de seus bens foi distribuído, em vida, para a caridade. Já Agostinho, certa vez, ao visitar uma Igreja, chegou à tesouraria e diante da fortuna que viu, foi brindado com a seguinte frase: "hoje em dia não precisamos mais falar como Pedro e João à porta Formosa do Templo, 'ouro e prata não temos'". Ao que respondeu: "Sim, mas será que temos o poder de falar ao aleijado, como eles, 'Levanta-te e anda'?"
 
Claro que, graças ao desenvolvimento tecnológico e o dinamismo da vida moderna, manter um ministério atuante, fica caro. E experimento na própria carne este custo. Eu já deixei de ministrar em Igrejas porque eu não tinha o dinheiro das passagens, nem eles. Contudo, no meu entendimento de mordomia, foi assim para que a vontade de Deus se manifestasse (os planos de Deus eram de que outros pregadores estivessem lá e não eu, ou fosse necessária a minha presença aqui em Brasília e não no Rio de Janeiro, por exemplo, ou então Deus realizou um grande livramento e por aí vai). Mas isto não exime os custos com Internet, equipamentos eletrônicos e com a minha ausência em serviços de informática, para me dedicar à obra (deixo de ganhar dinheiro e até gasto, em nome do reino dos céus). Fora os custos não mensuráveis, como tempo dedicado, ausência à família e outros... Será que depois deste parágrafo alguém irá querer o número da minha conta??!?!??! ;-) Estou só brincando, gente, calma, hehehehehehe.
 
Amados, Deus os abençoe. "Que o meu Deus, segundo a sua riqueza em Glória, venha a suprir todas as vossas necessidades em Cristo Jesus." (benção paulina aos filipenses em Fp 4:13 - Claro que os teleevangelistas não precisam de uma benção como esta, afinal, eles já têm sua própria riqueza...). Ah, sim, explicando o título "Riqueza pobre": "De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma" (Mc 8:36)...
 
Ósculos santos,
 
Alf.

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