sábado, 22 de janeiro de 2011

Dancinha...

Amados, a Paz do Senhor!
Hoje farei algo que não costumo fazer. Repreenderei alguém que ouvi. O chato é que este alguém que ouvi, é meu amigo. Pastor, conceituado, influente nacionalmente na sua convenção, escritor, com obras publicadas... Claro que não o nominarei. Mas não concordo com a abordagem que ele fez, de púlpito, sobre o assunto: dança.
Ele citou Russell Normam Champlin, considerado o maior exegeta (intérprete) do novo Testamento e autor de uma trilogia de livros interessante: "O Novo Testamento Interpretado", "O Antigo Testamento Interpretado" (ambos, versículo por versículo) e "A Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia".
Como todo autor de profusa produção intelectual, tem seus defensores e seus exatores. Eu, não para ficar em cima do muro, mas para me voltar à proposta do blog de ser o homem pecador, entendo que ele, o autor, como todo mundo, comete erros. Melhorando o conceito, tende a impregnar conceitos pessoais nas interpretações que faz das Escrituras Sagradas. Dizem que a profecia depende do entendimento do profeta e do ouvinte, pois ao ouvirmos uma profecia está envolvida a experiência pessoal de ambos. Isto acontece com tudo que lemos e ouvimos, não só com as profecias. Por exemplo: se dissermos para um especialista em patologia clínica que Wim Malgo foi um grande escatologista, ele estranhará nunca ter lido nada de Malgo e citará outros autores escatologistas, como Hoffman, de quem, um crente zeloso nunca ouviu falar; é que escatologista pra um é especialista em exame de fezes e, para o outro, escatologista é o estudioso das coisas futuras, das profecias da Bíblia.
Logo, autores impregnam seus textos com suas próprias experiências e leitores fazem o mesmo quando os interpretam. Eu estou fazendo isto agora. O tal pastor, ao fazer a sua defesa anti-dança, o fez também. Assim também fez Normam Champlin, ao declarar em sua "Enciclopédia": "Mesmo as danças em que homens e mulheres nunca se abraçam, mas têm movimentos que são sexualmente sugestivos, tradicionalmente são reprovadas pelos crentes, como indignas para os seguidores do Senhor Jesus." Não sei se ele quis se alinhar com alguma corrente denominacional e reparo agora que ele mesmo não se posiciona com relação à dança, mas cita que, por tradição, os crentes (como se ele não fosse) reprovam danças sensuais.
Pois bem: o meu amigo citou Champlin, numa, digamos, "TRADUÇÃO LIVRE", tecendo alguns comentários sobre as virtudes do autor, dando a entender que quem entende de Bíblia é o Champlin (tá, o cara entende mesmo, nisto concordamos) e que, o cara que entende de Bíblia, dizia que se uma dança é sensual, é reprovável aos olhos do Senhor. Vamos à réplica:
1º Não é o Senhor que reprova, são os crentes (está escrito acima, é só voltar e ler- é uma transcrição exata de como está escrito na "Enciclopédia");
2º Reprovar uma dança sensual, ou o que quer que seja, que foi dançada para louvor ao Senhor, é fonte de maldição. Veja II Sm. 6:14-16: "E Davi saltava com todas as suas forças diante do SENHOR; e estava Davi cingido de um éfode de linho. Assim subindo, levavam Davi e todo o Israel a arca do SENHOR, com júbilo, e ao som das trombetas. E sucedeu que, entrando a arca do SENHOR na cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, estava olhando pela janela; e, vendo ao rei Davi, que ia bailando e saltando diante do SENHOR, o desprezou no seu coração." (ACRF). Gente, nesta singela cena, vemos um homem saltando de alegria na presença do Senhor e tão era a empolgação (entendam, sensualidade) de Davi que sua esposa (criada para ser rainha) sentiu ciúmes. Leia mais II Sm. 6:20-23: "E, voltando Davi para abençoar a sua casa, Mical, a filha de Saul, saiu a encontrar-se com Davi, e disse: Quão honrado foi o rei de Israel, descobrindo-se hoje aos olhos das servas de seus servos, como sem pejo se descobre qualquer dos vadios. Disse, porém, Davi a Mical: Perante o SENHOR, que me escolheu preferindo-me a teu pai, e a toda a sua casa, mandando-me que fosse soberano sobre o povo do SENHOR, sobre Israel, perante o SENHOR tenho me alegrado. E ainda mais do que isto me envilecerei, e me humilharei aos meus olhos; mas das servas, de quem falaste, delas serei honrado. E Mical, a filha de Saul, não teve filhos, até o dia da sua morte." (ACRF). Gente, esta é uma situação muito séria: porque a Mical acusou a dança de Davi de ser sensual, enquanto apenas se tratava de louvor autêntico na presença de Deus, ela teve sua madre fechada, uma maldição para as mulheres naqueles tempos.
Ora, condenar, julgar uma dança é tão nocivo como condenar uma profecia. Não estou inventando, está escrito. E meu amigo, no afã de defender interesses denominacionais, vai ao púlpito ensinar os irmãos a atraírem maldição para suas vidas, porque, se nós passarmos a ter que identificar os louvores corporais, corremos o mesmo risco de Mical, de considerarmos algo sagrado como profano. E isto, é blasfêmia, bem sabemos. Considerar carnal algo que veio da parte de Deus para nós.
Olha, eu não danço, sou desengonçado. Nunca fui tomado pelo Espírito para dançar (depende do repertório, da experiência do profeta, lembra?). Mas eu não posso me calar diante de algo, que, se não for ingênuo, é manipulação.
Ósculos (não sensuais),
Alf.
Ah, não sou dono da verdade, nunca fui. Tem o texto abaixo, da Comissão Permanente de Doutrina de uma denominação, que pode te ajudar a ter uma visão mais ampla, pois é diferente da minha visão e mais branda do que a do pastor de quem fui antagonista neste texto.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Riqueza e prosperidade.

Amados, a Paz do Senhor!
Eu sempre repito aquele texto que diz: “...a boca fala do que está cheio o coração.”(Mt 12:34 – ARA). Bem, eu tenho falado muito de riqueza. Não, não estou rico ou cheio de riquezas; estou cheio, como sempre estive até hoje, de VONTADE de ficar rico (risos). A Janayna me diz que se Deus me quisesse rico, teria me feito rico. Fatalista o ponto de vista dela e até o aceito, PARA ELA. Só que, para minha vida, eu penso em outra aplicação da Palavra de Deus. E passo a compartilhá-la com você, leitor amigo.
A palavra de Deus fala sobre pessoas prósperas. Fala sobre pessoas que prosperaram na presença de Deus. E eu tenho ouvido muita coisa sobre prosperidade e diversos textos, que a meu ver, se encaixam no assunto. Mas todas as pessoas prósperas da Bíblia têm alguma coisa em comum. Adivinhe o que é? Pois é. Todas elas trabalharam (e muito) para chegar aonde chegaram, para ter uma vida considerada próspera.
Outra coisa, que me salta aos olhos, é a possibilidade de encontrar um conselho material em textos espirituais, como naquele texto que fala do senhor que foi viajar e que a cada um dos seus servos, deu uma quantia de talentos (a parábola dos talentos). Quando o senhor voltou de viagem, só teve problemas com o servo que não gerou lucro algum. Não é a quantidade que está em jogo, o importante é que se tenha (algum) lucro, nem que seja “dá-los aos banqueiros”, para ter um mínimo lucro.
Bom, juntando estas formas de pensamento, precisava de um textinho para corroborar meu ponto de vista, dá-lhe credibilidade. Que tal o capítulo 31, de Provérbios, de autoria de Lemuel, rei de Massá? Segundo ele, são palavras de sua mãe. Não transcreverei o texto aqui, porém é muito conhecido, começa assim: “Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias.” A tônica aqui é valor material mesmo; se você continuar a ler, você verá que o marido confia nela para comercializar e cuidar do dinheiro (verso 11). Ela confecciona (versos 13 e 19), cuida da casa (versos15 e 27), comercializa as confecções (verso24), reinveste o dinheiro no ramo imobiliário (verso 16a), atua no agronegócio (verso16b)... A cada novo investimento lucrativo se motiva a ganhar cada vez mais (verso 18a), trabalhando inclusive nas madrugadas (verso18b). Não se esquece, porém, do retorno social de seu enriquecimento e ajuda aos necessitados (verso 20). Pode ajudar, porque tem o suficiente para si e sua família (versos 21 e 22), inclusive para provimento futuro, em caso de necessidade (verso 25).
Um aparte que faço é sobre a “palavra de sabedoria” e a “instrução da bondade” que sai de sua boca (verso 26). Quem trabalha, tem foco, não tem tempo para brigas, dissenções, contendas... Se não perde tempo pensando naquilo que não é pão, não perde tempo devaneando com aquilo que não interessa; o que resta é o envolvimento esforçado em torno do objetivo de ganhar dinheiro.
Sei que você, meu leitor, nunca olhou para este texto, o da mulher virtuosa, como sendo um caminho para a prosperidade bíblica, mas é verdade. É o único “case” detalhado de sucesso que encontrei na Bíblia. Entendeu, porém, a minha mensagem? Quer prosperar? Trabalhe duro. Saiba negociar a sua força produtiva, o seu trabalho. Não adianta trabalhar de graça, ou ganhando pouco. Seja justo. Justiça chama justiça. Então, não há fórmula mágica. Quer ser uma pessoa virtuosa, dedique-se ao trabalho. O resto é conseqüência. “Ah, não trabalho.” Tudo bem. Mas se você quer ser próspero, comece a trabalhar urgentemente. Não coisas do lar ou não remuneradas. Trabalhe mesmo, com salário, ou por conta própria, com remuneração. Mas trabalhe. Este é o único caminho para a prosperidade, segundo a Bíblia. Afinal, o tal provérbio termina assim: “Dai-lhe do fruto das suas mãos, e de público a louvarão as suas obras.” (Pv 31:31 – ARA). Ah, sim, não concordo com a vírgula antes do “e”, contudo está assim na ARA e eu mantive. ;-)
Ósculos e abraços,
Tio Alf.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Hermenêutica e Shekinah.

Amados, a Paz do Senhor!
A discussão gerada pelo uso do termo "Shekinah" por segmentos evangélicos (músicas, ministérios, etc...) e em geral (lojas maçônicas, esoterismo, cabala mística, etc...), tendo cada um dos diversos segmentos o seu próprio entendimento, me leva a discorrer sobre as questões hermenêuticas (Hermes era o deus mensageiro do panteão grego, que transmitia a mensagem de Deus aos homens; logo, hermenêutica é arte de transmitir mensagens ENTENDÍVEIS aos homens - ciência do entendimento, teoria geral da compreensão) do termo.
Primeiro, vamos historificar o termo: sim, é verdade: os xiitas léxicos tem razão: em nenhum lugar da Bíblia se encontra este termo. O termo foi cunhado por rabinos, para significar a habitação ou a presença de Deus no meio do povo. Ora, então como que, para os evangélicos, no mundo todo, o termo passou a significar a Glória de Deus? Simples, usando-se uma figura de linguagem. Existe uma figura de linguagem chamada: Metonímia e um tipo específico de metonímia nos chama a atenção para este nosso caso que é a: Sinédoque, que consiste na atribuição da parte pelo todo ou do todo pela parte. Tudo bem até aí? Espero que sim. Então, analisemos dois textos: 1. "Uma vez dentro Moisés da tenda, descia a coluna de nuvem e punha-se à porta da tenda; e o SENHOR falava com Moisés. Todo o povo via a coluna de nuvem que se detinha à porta da tenda; todo o povo se levantava, e cada um, à porta da sua tenda, adorava ao SENHOR." (Ex 33:9-10 - ARA). Ora, a coluna de fogo estava à tenda congregação. A tenda da congregação, depois que os Rabinos cunharam o termo, passou a ser a "Shekinah". Havia muitos utensílios ali, mas por sinédoque, a tenda da congregação poderia ser conhecida apenas pela coluna de fumaça (que é a Glória visível de Deus), logo, "Shekinah" é a Glória de Deus. 2. outro texto, conhecido do grande público, é: "No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo." (Is 6:1 - ARA). Neste texto então fica facinho, facinho entender a "Shekinah" como glória de Deus. As abas das vestes enchiam o templo. A presença do Senhor enchia o templo. O templo, por sua vez é a habitação do altíssimo no meio do povo. Então os dois temos ligados a "Shekinah" estão ali, presença e habitação... Só tem um porém, foi uma VISÃO! Diz o profeta: "...eu vi o Senhor...". Então era uma presença visível, uma Glória visível, logo, somos mais uma vez remetidos por sinédoque ao entendimento que "Shekinah" é a Glória visível de Deus. Estes são apenas dois textos que reforçam o entendimento e a aceitação de que o conceito da "Shekinah" seja, para os evangélicos de um modo geral, a Glória visível de Deus. Resumindo: Em diversas crenças existem diferentes significados, mas o conceito da "Shekinah", usado e aceito no meio evangélico é o de que a "Shekinah" é a glória visível de Deus.
Mas, quando nos aprofundamos nas questões hermenêuticas, vemos que uma verdade (no caso, um termo qualquer, de qualquer idioma) aplicada à sua vida, à sua verdade, gera uma terceira verdade, que é o seu próprio conceito. "Shekinah" é um bom exemplo disto: o termo original usado pelos rabinos tinha identidade com a habitação de Deus e/ou a presença de Deus no meio do seu povo; porém, se você usar o termo "Shekinah" perante (a verdade de) um evangélico e perante (a verdade de) um esotérico, por causa de suas percepções distintas da verdade, cada um terá um entendimento distinto, que aliás, nada a tem a ver com a verdade original. Agora, isto é muito diferente de pensar, como alguns xiitas que conheci os textos, que quando cantamos: "derrama a sua 'Shekinah' sobre nós" estamos evocando demônios ("Shekinah" seria outro nome de Lilith, a mãe dos demônios, na cabala mística) ou pedindo para uma casa cair sobre nossas cabeças (já que "Shekinah" é "habitação"). Quando você usa um termo, o que importa é o significado daquele termo para você, para a sua verdade, dentro dos cenários e do contexto em que é usado.
Para exemplificar este conceito, recorro à evangelização da Coréia. A evangelização da China foi terrível; só Hudson Taylor, após a guerra do ópio, é que tentou dar um jeito naquilo...Mas isto aconteceu por que os evangelistas quiseram ensinar aos chineses um novo Deus, com um novo nome (afinal de contas, os nomes chineses para Deus só poderiam dizer respeito a deuses pagãos e heréticos...). Na Coréia, os evangelistas perguntaram: qual o nome de Deus (o engraçado é que o panteão coreano até então era semelhante ao chinês; o que aconteceu foi que os evangelistas aos coreanos foram mais espertos...)? O nome de Deus é este: e saiu um nome esquisito em coreano. Eles, os evangelistas, não se apegaram a ensinar Jeová, ou Javé, ou coisa parecida aos coreanos. Explicaram que conheciam a história daquele Deus, pregaram a Jesus, chamando Deus como os coreanos o chamavam e depois acrescentaram os demais nomes da divindade. Como os coreanos conheciam o conceito de Deus relacionado ao nome que eles usavam, foi amplamente aceito o evangelho na Coréia. Penso que, se os primeiros evangelistas que chegaram lá, apregoassem a Jesus, chamando Deus por um nome com o qual os coreanos não estivessem acostumados ou não tivessem identidade, não teriam a aceitação que tiveram. Lembrando que na Coréia, o cristianismo histórico experimentou um crescimento do número de fiéis de oitenta por cento ao ano...
Fica difícil para alguém que possui entendimento literal, xiita, aceitar conceitos. Tem ministros de louvor, de movimentos jovens, que podem conclamar a assembléia dizendo: "Aí, galera de Jesus!"; já num movimento ortodoxo, chamar a rapaziada de galera é lançar maldição, pois galera significa, na visão dos membros desses movimentos, "bando de salteadores"... Viu como são as palavras? Elas só tem entendimento dentro do cenário e contexto em que são empregadas. Palavras, são só palavras. O que importa é o entendimento (hermenêutica) daquela palavra, o conceito que ela exprime, dentro de determinado contexto e cenário.
Concluo, desta forma, que o entendimento do conceito da Shekinah, como sendo a presença visível de Deus, dentro do meio evangélico é amplamente aceito e deve continuar a ser usado.
Ficou grande, mas, espero elucidativo.
Beijos e abraços,
Alf.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Riqueza!

Amados, a Paz do Senhor!
Ano Novo, Vida Nova! As felicitações de ano novo são repletas de coisas boas que desejamos para aqueles que queremos bem: saúde, paz, amor, prosperidade (que é a riqueza...). Apesar de todo mundo dizer que o que importa é a saúde, todo mundo também quer ser rico. Ninguém admite, parece que é legal ser pobre. Mas, na minha ótica de homem pecador, que luta contra suas tentações, eu assumo que o homem natural (e por conseqüência, pecador), quando não é, quer ser rico.
E não há nada de mal nisto. Uma vez, a então Bispa Sônia Hernandez, da Igreja Renascer em Cristo, disse, ao ganhar uma BMW, que aquilo que ela apregoava aos fiéis, sobre prosperidade, sobre os zêlos de Deus, também tinha que acontecer na vida dela, para servir de testemunho, para tornar cada vez mais crédula a sua pregação.
Sem, contudo, entrar na "terrível" seara da teologia da prosperidade, nem polemizar com o povo que acredita que "riqueza" por si só seja um mal, gostaria de expor a visão que tenho a respeito de riqueza e prosperidade na Bíblia. E uso um texto de Paulo, que se encontra na Bíblia Sagrada, na epístola aos Filipenses, capítulo 4, versículo 19:
"E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades." (Fp 4:19 - ARA).
Tema: "O Deus que supre" (ou "provê", ou "Riqueza em Cristo". Surpreenda seus ouvintes)!
1. "E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória...": "Cabod" é a palavra que foi dita no antigo testamento. É a glória material de Deus, não a 'Shekinah", a glória visível de Deus. Moisés teve uma visão da Glória (Cabod) de Deus, na fenda da rocha, olhando por trás e seu rosto passou a resplandecer, tamanha a grandeza desta glória material. Compare Êxodo 33 e 34 para ter uma noção melhor sobre as duas glórias. Quando se fala "riqueza em glória", é da riqueza material mesmo (Cabod), não da glória da tenda da congregação (Shekinah), que era espiritual.
2. "há de suprir...cada uma de vossas necessidades.": Interessante que a Palavra não fala das necessidades mais preementes. Não fala que só em último caso o Senhor agirá. Fala que o Senhor, segundo sua riqueza em glória (ou seja, tudo que há no universo), suprirá CADA UMA DE VOSSAS NECESSIDADES (mesmo aquela, pequena, ínfima, que você não ousaria incomodar o Senhor com ela, mesmo essa). Não há condicionantes, é uma promessa neo-testamentária. Compare com Êxodo 3:7-9, veja como é diferente a atuação e o livramento de Deus naqueles dias (a providência divina "demorou" cerca de 450 anos para acontecer). Mas, por quê?
3. "Em Cristo Jesus": É diferente porque naquela época, do antigo testamento, não tinha ainda ocorrido o advento da Cruz. Agora, que estamos no tempo da Graça, que Jesus veio, nos colocou em comunhão com o pai, que temos acesso à morada celestial, não são necessários anos de uma sofrida experiência, para que Deus conheça o nosso sofrimento. Hoje, em comunhão com ele, através do sacrifício de Cristo na Cruz, basta crermos e veremos o Senhor derramar ricas bençãos, também materiais, suprindo cada uma de nossas necessidades.
Apelo? Que tal: "Quem gostaria, após passar anos sofrendo, sem perspectivas, de experimentar em sua vida, o suprimento de Deus em Cristo Jesus? Eu não sei qual a sua necessidade hoje, se material, se espiritual... Mas eu sei de duas coisas: 1. Deus conhece a sua necessidade, qualquer que seja ela; 2. Deus pode suprir a sua necessidade, melhor, Deus suprirá a sua necessidade, em Cristo Jesus. O que você precisa fazer? Aceitar a Cristo como seu único e suficiente salvador e experimentar a atuação de Deus em suas necessidades."
Ficou grande, né? Mas é isto.
Que o meu Deus, segundo sua riqueza em Glória, venha a suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.
Beijos e abraços providentes,
Alf.