sábado, 1 de janeiro de 2011

Riqueza!

Amados, a Paz do Senhor!
Ano Novo, Vida Nova! As felicitações de ano novo são repletas de coisas boas que desejamos para aqueles que queremos bem: saúde, paz, amor, prosperidade (que é a riqueza...). Apesar de todo mundo dizer que o que importa é a saúde, todo mundo também quer ser rico. Ninguém admite, parece que é legal ser pobre. Mas, na minha ótica de homem pecador, que luta contra suas tentações, eu assumo que o homem natural (e por conseqüência, pecador), quando não é, quer ser rico.
E não há nada de mal nisto. Uma vez, a então Bispa Sônia Hernandez, da Igreja Renascer em Cristo, disse, ao ganhar uma BMW, que aquilo que ela apregoava aos fiéis, sobre prosperidade, sobre os zêlos de Deus, também tinha que acontecer na vida dela, para servir de testemunho, para tornar cada vez mais crédula a sua pregação.
Sem, contudo, entrar na "terrível" seara da teologia da prosperidade, nem polemizar com o povo que acredita que "riqueza" por si só seja um mal, gostaria de expor a visão que tenho a respeito de riqueza e prosperidade na Bíblia. E uso um texto de Paulo, que se encontra na Bíblia Sagrada, na epístola aos Filipenses, capítulo 4, versículo 19:
"E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades." (Fp 4:19 - ARA).
Tema: "O Deus que supre" (ou "provê", ou "Riqueza em Cristo". Surpreenda seus ouvintes)!
1. "E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória...": "Cabod" é a palavra que foi dita no antigo testamento. É a glória material de Deus, não a 'Shekinah", a glória visível de Deus. Moisés teve uma visão da Glória (Cabod) de Deus, na fenda da rocha, olhando por trás e seu rosto passou a resplandecer, tamanha a grandeza desta glória material. Compare Êxodo 33 e 34 para ter uma noção melhor sobre as duas glórias. Quando se fala "riqueza em glória", é da riqueza material mesmo (Cabod), não da glória da tenda da congregação (Shekinah), que era espiritual.
2. "há de suprir...cada uma de vossas necessidades.": Interessante que a Palavra não fala das necessidades mais preementes. Não fala que só em último caso o Senhor agirá. Fala que o Senhor, segundo sua riqueza em glória (ou seja, tudo que há no universo), suprirá CADA UMA DE VOSSAS NECESSIDADES (mesmo aquela, pequena, ínfima, que você não ousaria incomodar o Senhor com ela, mesmo essa). Não há condicionantes, é uma promessa neo-testamentária. Compare com Êxodo 3:7-9, veja como é diferente a atuação e o livramento de Deus naqueles dias (a providência divina "demorou" cerca de 450 anos para acontecer). Mas, por quê?
3. "Em Cristo Jesus": É diferente porque naquela época, do antigo testamento, não tinha ainda ocorrido o advento da Cruz. Agora, que estamos no tempo da Graça, que Jesus veio, nos colocou em comunhão com o pai, que temos acesso à morada celestial, não são necessários anos de uma sofrida experiência, para que Deus conheça o nosso sofrimento. Hoje, em comunhão com ele, através do sacrifício de Cristo na Cruz, basta crermos e veremos o Senhor derramar ricas bençãos, também materiais, suprindo cada uma de nossas necessidades.
Apelo? Que tal: "Quem gostaria, após passar anos sofrendo, sem perspectivas, de experimentar em sua vida, o suprimento de Deus em Cristo Jesus? Eu não sei qual a sua necessidade hoje, se material, se espiritual... Mas eu sei de duas coisas: 1. Deus conhece a sua necessidade, qualquer que seja ela; 2. Deus pode suprir a sua necessidade, melhor, Deus suprirá a sua necessidade, em Cristo Jesus. O que você precisa fazer? Aceitar a Cristo como seu único e suficiente salvador e experimentar a atuação de Deus em suas necessidades."
Ficou grande, né? Mas é isto.
Que o meu Deus, segundo sua riqueza em Glória, venha a suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.
Beijos e abraços providentes,
Alf.

3 comentários:

  1. e agora é ou não é?

    A palavra “shekiná” não é encontrada em nenhum lugar das Escrituras! Penso que você neste momento está perplexo. Esses dias atrás, pregando em uma grande igreja aqui em São Paulo, falei sobre isto no púlpito e imagine a reação que isto causou no plenário, bem como nos obreiros que ali estavam. Após o término do culto, várias pessoas me pararam e diziam: Pr Marcelo, já ouvimos vários “pregadores de renome” falar desta palavra, e agora o sr está dizendo que não existe? Será que o sr não está enganado?

    Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2010/11/shekina-de-deus-esta-aqui-shekina.html#ixzz1A199Uvfg
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    Exatamente aqui reside nosso problema. Nós ouvimos os “grandes pregadores” falarem, e aceitamos tudo. Não procuramos pesquisar, averiguar, perscrutar. Tudo o que é novidade, e é falada por alguém de “peso”, nós aceitamos e logo começamos a falar. Falta em nosso meio, cristão bereanos, que analisam a cada dia as Escrituras, para verem se está correto ( At 17.11). Notemos que era Paulo que estava pregando! Homem de cultura invulgar, conhecedor de toda lei judaica, e acima de tudo, um dos maiores pregadores que o mundo conheceu. Ora, se Paulo teve que passar no crivo dos bereanos, o que dizer de nossos pregadores? Serão estes maiores que Paulo?

    Mas voltando ao assunto da palavra “shekiná”, este vocábulo não aparece na Bíblia Judaica [ Tanakh] nem no N.T, sendo uma palavra derivada da raiz hebraica -ש-כ -נ(sh-k-n), cujo significado é “habitar”, “fazer morada”. Se perguntarmos a qualquer irmão, o que significa esta palavra, todos dirão: a glória de Deus, presença de Deus. Acontece que, “shekiná” não significa nada disso! O vocábulo “glória” no hebraico é “kavód” – o peso da glória de Deus. Então, quando cantamos: Derrama tua “shekiná” aqui, estamos dizendo: Derrama a tua habitação aqui. Soa estranho, não? Pedir para o Eterno derramar a habitação Dele sobre nós? Não consigo entender! Pois Ele já habita em nós, através da pessoa do Espírito Santo ( ICo 6.19)
    A “shekiná”, como uma idéia concreta, aparece só na literatura rabínica, havendo somente “alusões” a esta presença divina, no meio do povo de Israel, na Torá, quando Deus disse ao seu povo “וְעָשׂוּ לִי מִקְדָּשׁ וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹכָם” – “e fareis um santuário para Mim, e habitarei no meio deles (dos israelitas)”[1];”וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹךְ בְּנֵי יִשְׂרָאֵל, וְהָיִיתִי לָהֶם לֵאלֹהִים” – “e habitarei no meio dos filhos de Israel, e serei-lhes por Deus”[2]; e “יְהֹוָה צְבָאוֹת הַשֹּׁכֵן בְּהַר צִיּוֹן” – “o Eterno dos exércitos, aquele que habita em Sião”[3].

    Conclusão

    Vimos por meio deste singelo estudo que a palavra “shekiná” não está nas Sagradas Escrituras. Aprendemos também que “shekiná” não significa : glória, presença de Deus. Ela vem da raiz “shakhan” que significa – habitar, fazer morada. Esta idéia de “skekiná” aparece somente na literatura rabínica, onde os judeus cabalistas [4] começaram a usá-la a partir do séc XIII. Devemos estar sempre prontos a aprender e não ir além da Escritura. Foi o que Lutero disse para Erasmo: “ A única diferença entre eu [ Lutero] e você [Erasmo] é que eu me coloco debaixo da autoridade das Escrituras, e você se coloca acima dela”.


    Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2010/11/shekina-de-deus-esta-aqui-shekina.html#ixzz1A18yDs8y
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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Ok. Vamos por partes: 1. Felizmente para mim, a tônica do meu texto é a Glória material, Kavod, ou Cabod, como escrevi. No hebraico o termo é כבדך e a sua transliteração Kebodeka (transliteração é a transcrição de um alfabeto em outro alfabeto de outro idioma - do hebraico para o português, do árabe para o português e por aí vai), são entendíveis como sendo a Glória material de Deus, ou, como o autor do comentário supracitado diz, o peso da Glória de Deus (o entendimento é que somente a glória material tem peso...). 2. Desenvolvendo o tema proposto da Shekinah, há muitos entendimentos sobre o assunto. Acredita-se até que Shekinah seja um dos muitos nomes de Lilith, a mãe dos demõnios e outra corrente de pensamento esotérico acredita que este seja o nome da esposa (?!?!?!) de Deus (do feminino na essência divina. Xiiii...), por exemplo. Na prática, quando os convidei em meu texto para entenderem a diferença entre Moiséis vendo o Senhor face a face na coluna de fogo (versos 9 e 10) e vendo-o na fenda da rocha, utilizei-me de um conceito amplamente divulgado em nossas Igrejas e de pleno conhecimento de meu público-alvo. O conceito da Shekinah é conhecido e, como todos sabem, é amplamente aceito como sendo a glória visível de Deus. Contudo, que o termo realmente não existe na bíblia Hebraica e nem foi utilizado por Jesus (e nem pelos autores das epístolas) é também verdade. O termo foi cunhado por rabinos e, por inferência, relacionado à habitação do Altíssimo (entenda-se aqui, o santuário no meio do seu povo).

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