domingo, 30 de setembro de 2012

O filho pródigo.

Amados, a Paz do Senhor!
Pródigo, no sentido literal, é aquele que gasta, dispendioso... Mas, graças justamente à parábola do filho pródigo, passou a significar também "volta à casa dos pais depois de longa ausência", conforme dois dicionários online (http://www.dicio.com.br/prodigo/ e http://www.dicionarioweb.com.br/prodigo.html). Assim sendo, apesar de não ser um gastador compulsivo, sinto-me pródigo, ao voltar a este blog após tanto tempo...
A parábola do filho pródigo é uma das histórias mais conhecidas da Bíblia. Um jovem impetuoso se põe a gastar sua herança, ainda com o pai em vida, e um belo dia conhece a falência, a miséria e esse monte de coisas ruins que acometem quem tá sem dindin e resolve voltar para a casa de seu pai. Lá, ele é recebido com festa, gera ciúmes no irmão, mas ao final da parábola, tudo se acerta. Glórias a Deus.
Como sabem, a ótica dos meus escritos sempre foi a "do homem pecador". A aplicabilidade também. Quem é são, não precisa de cura. Como todos somos pecadores, fica mais fácil "aceitarmos a cura". E, na ótica do homem pecador, o filho pródigo se deu mal, inclusive, por causa das más companhias...
Oxalá eu tivesse uma meia-herança para poder INVESTIR. Caso meu pai venha a falecer antes de mim, o que eu duvido (o cara deve ter a unção de Matusalém: já enterrou o pai, a mãe, quatro irmãos, duas sogras, duas esposas, cunhados - esses eu perdi a conta - e uma sobrinha - fora os sobrinhos por parte das esposas, que também enterrou -... Ah, até a Dercy, que era conterrânea e contemporânea dele em Taubaté, já foi antes dele...), o que ele vai deixar para mim é uma montanha de dívidas, que dividirei com os outros filhos dele - assim espero, senão vou ter que arcar com as dívidas sozinho, xiiiiiiiiiiiiiiiiiii... Mas, voltando: o tal filho pródigo é um exemplo muito interessante sobre o que não se deve fazer.
Todos sonhamos em ganhar uma bolada de dindin para poder investir. Cada um tem um sonho: produzir um filme, se produzir, fazer alguém feliz, ser feliz, enfim... É neste contexto que vemos o real desperdício do filho pródigo: na ânsia de ser feliz e de fazer quem estava a volta dele feliz, empobreceu. Estivesse ele com boas companhias, que o orientassem quanto ao que fazer com aquela dinheirama toda, ele prosperaria. Ou então, que se juntasse com uma mulher virtuosa. Eu mesmo já escrevi sobre a virtuosidade bíblica da mulher: virtuosa é a mulher que sabe ajudar a família a ser próspera.
Existem diversas mensagens intrínsecas nesta parábola: O que não se deve fazer com dinheiro; o que realmente importa na vida; as más companhias corrompem os bons costumes, assim com as más conversações (é bíblico); Deus não desampara os seus; o que pede perdão, recebe; Deus não leva em conta as ofensas praticadas em ignorância; somos todos irmãos, filhos de um mesmo pai, que nos ama igualmente e que só espera nosso arrependimento, etc... Escolha a sua favorita, aquela que irá tocar a sua alma, fazendo com que você se converta de um mau caminho e prodigamente, se volte para a casa do Pai.
Deus te abençoe,
Fique na Paz,

Alf.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Poder.

Amados, a Paz do Senhor!

Ontem, estava eu conversando com o Evangelista Ismael, da Assembléia de Deus, a respeito de um evento que ele gostaria de realizar. Eu entendo que, quando um servo do Senhor, alguém que se coloca à disposição de Deus, tem uma idéia em prol do crescimento do Reino, esta idéia não é dele; parte do coração de Deus para nossas vidas (o "autor" da idéia é tão somente o canal pelo qual a idéia chega até nós) e cabe a nós, pagarmos o preço em oração e esforço, a fim de levarmos a cabo aquela nova empreitada.
O evento em questão é um festival de louvor e o objetivo inicial é levantar fundos para a finalização da construção do templo da igreja local do rapaz, mas, analisando a estrutura disponível para o evento, ficou claro que não tínhamos, eu e ele, condições para a realização do evento. Quem teria, então, condições? Quem teria este poder de gerar condições para a realização do evento. Ora, parece clara a resposta: quem tem condições para tanto, é Deus. Nas mãos do Senhor está o poder de realizar. E, segundo Filipenses 2:13, Deus é quem opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade. Ora, Ele operou em nós o querer; logo, o efetuar dependerá também dEle. Seremos nós, caso Ele assim aprouver, apenas os instrumentos da Sua ação.
O Poder de Deus porém não é limitado. Deus é o Deus dos impossíveis. Deus é quem transforma o pecador em salvo, o doente em são, o cativo em liberto, o fracassado em vitorioso, a luta em crescimento...
E, para tanto, o principal poder de Deus é o Evangelho, como diz a Palavra em Romanos 1:16: "Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego." (grifo nosso).
Fazendo a ponte transcultural do texto, ouso afirmar que o Evangelho (as boas novas de salvação do Reino dos Céus) é o poder de Deus para a Salvação daqueles que já possuem conhecimento religioso e para aqueles cuja existência foi totalmente afastada da religião. Através do poder da Palavra salvífica, todas as pessoas, indistintamente, podem ser alcançadas para a salvação em Cristo Jesus.
É crendo neste poder, o de salvar e transformar vidas, que as ações da Igreja na terra se norteia.E é graças a este poder, que este norte é seguido e alcançado. Será neste poder também que o evento, em nome de Jesus, será realizado e vidas serão alcançadas, pela virtude do Evangelho e a unção do Espírito Santo.
Graças a Deus!
Ósculos santos.
Alf.

domingo, 20 de março de 2011

Pregando a um Deus estranho I.

Amados, a Paz do Senhor!
Creio que a grande maioria que me lê atualmente, não me viu palestrando. Melhor dizendo, nunca me viu, de púlpito, pregando. Há quem diga que minhas pregações são "diferentes", pois estão acostumados com outro tipo de pregações. É assim mesmo, quem se compromete a pregar o Evangelho do Reino, tem sempre seus opositores; vejam Paulo, no Areópago, por exemplo, para entender sobre o que estou dizendo (At 17)...
Recebi contudo, esta semana, uma mensagem daquelas, que renova a nossa esperança de ver dias melhores: uma irmã, de outro estado, me ligou e disse, entre outras coisas, que sua comunidade sentia falta de minhas pregações. Fiquei feliz com a notícia, mas longe de mim considerar isto um elogio; o fato apenas me mostra o quanto ainda existem pessoas que esperam dos pregadores da Palavra de Deus o comprometimento com a verdade bíblica (e sentem falta quando não há comprometimento) e não as facilidades dessas doutrinas pós-denominacionais, pós-pentecostais e porque não dizer, pós-cristãs...
Dói, receber a verdade. Quanto mais o crente fiel se aproxima da verdade bíblica, mais ele percebe que vivia crendices ao invés de religiosidade autêntica. E isto é perigoso, alguns podem até cair da fé; por isto, eu procuro ter tato com o que escrevo e falo. Mas quando falo...
Não sou um grande pregador, mas sou muito eloqüente. Eu prego o que acredito, não prego o que a denominação quer; prego o que a Palavra de Deus, naquele dia, me inspirou, através da virtude do Espírito Santo, para transmitir ao povo de Deus. Quem escuta uma pregação minha, jamais esquece. E prego também para isto, para ensinar. Lembram-se do homem pecador? Um dos motivos dele ser pecador (dele cometer erros, até contra si mesmo) é o fato de não conhecer as escrituras, nem o poder de Deus. Quando estou num púlpito, estou no meu maior momento de servidão, atento àquilo que Deus espera de mim, atento à voz do Espírito, eu preciso ser o instrumento de Deus para salvar alguém, uma vida, uma alma... E eu entendo o que a Bíblia quer dizer quando fala que quando uma alma se salva, há festa no céu.
Cabe apenas dizer que quem faz a obra é o Senhor, mas subo a um púlpito com o propósito de salvar almas e de ensinar as escrituras. Já, levar o homem a conhecer o Seu Poder, é com o próprio Deus; mas estou lá, se Ele também quiser realizar o avivamento no meio de Seu povo, sou um vaso, Ele é o oleiro. E, se pela Sua infinita Graça e Misericórdia, o avivamento acontece, o milagre acontece e a obra se completa, eu me sinto com a missão, por ora cumprida.
Graça e Paz, meus amados. Continuamos por aqui, a pregar um Deus estranho, um Deus que ama seus filhos, ainda pecadores, mas que quer salvá-los dos ardis deste mundo tenebroso. Desculpem-me, mas minha pregação não tem prosperidade, nem sucesso nos negócios... A prosperidade nos alcança como conseqüência de uma vida no altar, mas é o meio, não o fim. O fim, a festa, o verdadeiro sucesso, ainda é restaurar uma vida destruída e colocá-la aos pés do Senhor.
Ósculos santos,
Tio Alf.

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher.

"Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis."
Amados, a Paz do Senhor!
Hoje se comemora o Dia Internacional da Mulher e ontem, como hoje, o provérbio acima, do Rei Lemuel, permanece atual: a mulher virtuosa é mais valorosa que rubis. Em outra tradução está escrito que o valor da mulher virtuosa excede o de finas jóias.
Gosto também de um outro texto, referente à excelência de ser mulher. Está em I Pedro 3:3, algo assim: O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.
No contexto atual, são as virtudes femininas que as ajudam a suportar suas jornadas duplas e, às vezes, triplas e que as tem elevado a altos cargos na administração pública e privada.
Parabéns, mulheres, e que Deus as abençoe.
Ósculos Santos,
Alf.



quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Festa no interior...

Amados, a Paz do Senhor!
Há mais ou menos um ano, quando me acidentei de carro, tive que ficar em Volta Redonda por um mês. Claro que, o homem natural (entendam, o Alf natural, "incircunciso" - ouso dizer, carnal), aquele pecador, o da ótica deste espaço, xingou até "as horas", reclamou, ficou se perguntando, se lamentando: "porque, meu Deus, porque (snif)???". A história toda do meu acidente você encontra em meu outro blog, o diariodaviagemdoalf.blogspot.com, nos posts de março e abril do ano de 2010. Mas, voltando: só que além do homem natural, existe um homem espiritual, voltado para as coisas do alto (não, não falo de aviação, falo de enlevo espiritual...). E o homem espiritual (entendam, o Alf que percebe a atuação e o zelo de Deus para com a sua obra) percebeu uma oportunidade: meu anfitrião em Volta Redonda, o Pastor Levi, pastoreava (assim como ainda pastoreia) uma pequena igreja, filiada à Convenção das Igrejas "O Brasil Para Cristo" do Estado do Rio de Janeiro, na vizinha e interiorana cidade de Pinheiral e sua igreja iria comemorar o 16º aniversário de criação do templo em Pinheiral. Eu estava em Volta Redonda, na casa dele, com dores pelo corpo que me dificultavam a locomoção, mas que não impediam a minha produção intelectual e informacional. Então, me pus a ajudar: criei o logo da Igreja, com base nas diretivas da convenção, postei e-mails, criei a carta-convite, ajudei a distribuir os convites pelas Igrejas e pontos de pregação da denominação (dirigir eu podia, ruim era andar a pé, por causa do esforço muscular, ou de ônibus, pois cada solavanco parecia um soco contra meu corpo)... Ah, e já no periodo da festa propriamente dito, 23 dias depois do meu acidente, eu podia colaborar com trabalho braçal mesmo: coloca faixa ali, carrega caixa de som acolá, leva cadeira pro clube - sim, coisa chique, o dia especial da festa foi no (único) clube da cidade -, enfim, dei minha contribuição.
Ver a fé simples daquele povo, interiorano, sempre me serviu de alento. Eu só percebo isto quando estou no interior do Estado do Rio de Janeiro. A fé para eles não se baseia em prosperidade... Prosperidade é ter o almoço na hora do almoço e a janta na hora da janta. E para aqueles que não tem? Ora, aí aparecem outros tipos de milagre, o da solidariedade, o da caridade, etc... "Ora, mas isto não é milagre, é entendimento da verdade do Evangelho", diriam alguns. Certo, em parte; a caridade acontecer na hora da necessidade, sem que palavra alguma tenha sido dita, é, ao meu ver, um ato de Deus sim, um milagre. Desculpem-me os céticos, mas eu acredito em milagres. Acredito também em avivamento...
Você sabia que os chamados "avivamentos brasileiros", numa visão crítica, tendo em vista sua extensão, duração e eficácia, seriam na realidade apenas "movimentos avivalistas"? O Brasil ainda não passou por um verdadeiro avivamento, um avivamento nacional, o tão esperado avivamento de um "Brasil para Cristo". Eu creio que um dia este avivamento acontecerá. Não a partir dos grandes centros, onde o "milagre" é o da cura espetacular ou prosperidade (claro que temos todos os tipos de milagres em todos os lugares, Deus é o mesmo; falo aqui do valor que as pessoas dão a determinadas manifestações divinas em virtude de sua própria escala de valores), mas do interior, onde o "milagre" é a salvação das almas, é a restauração do lar e da família, é o afastamento dos vícios, das medicações controladas, da vida desregrada... O avivamento acontece primeiro no indivíduo e a partir deste, contagia toda uma sociedade, toda uma nação. Eu creio no avivamento. Eu creio que um dia, um conjunto de homens e mulheres sentirá ao mesmo tempo a atuação do Espírito Santo e contagiará todos os diversos segmentos sociais deste Brasil... Faço minha parte. Prego o Evangelho do Reino, com fé simples, porém madura (maturidade no caso é reconhecer-se como falho e pecador; TODOS PECARAM, principalmente eu). Com a discrição própria de uma formiga. Afinal, no dia de pentecostes, após a ressurreição do Cristo, o dia em que se considera a origem de todo o conceito de avivamento, os apóstolos estavam em oculto, no cenáculo, uma espécie de quarto grande - imaginem o ultimo andar de um edifício - onde foi realizada a santa ceia - cenáculo vem de cena, que siginifica "jantar" -. E, neste lugar, em oculto, o milagre aconteceu: "E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo..." - At 2:1-4b (ACRF).
Em meio àquela festa de fé daquele povo simples de Pinheiral e ao experimentar em minha vida os efeitos de sua crença, senti-me perto desse "pentecostes apostólico" e firmou-se ainda mais em mim a certeza de que o Brasil passará por um avivamento nacional. Como escrevi acima, tenho feito a minha parte. Conclamo, pois, a você, leitor amigo, que faça a sua.
Em Cristo,
Ósculos em profusão,
Tio Alf.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ouro e Prata, não tenho...

Amados, a Paz do Senhor!
Alguém já ouviu a frase acima? Ela é atribuída numa música erudita à Pedro e João, quando estes estavam à porta Formosa do Templo. A passagem real está no livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 3, verso 6, na Bíblia Sagrada: "E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda."(ACRF).
O que me chama a atenção neste texto é o fato deles não terem ouro nem prata, mas terem algo que poderia ser mais interessante ao interlocutor do que o dinheiro. No caso, o interlocutor é um pedinte, que paralítico de nascença, pedia esmolas à porta do templo, como ocorre em muitas cidades do interior, nas quais os pedintes ficam à porta de igrejas, apelando para a boa vontade dos fiéis, em busca de um donativo. Sem entrar no mérito da questão, vejo que sem ouro ou prata, os apóstolos possuíam um "bem maior" para oferecer ao pedinte; muito mais que um óbulo, que quando muito o ajudaria a comprar o almoço, recebeu a cura de sua enfermidade, o que, possibilitando-o para o trabalho, o faria prosperar por seus próprios meios e garantiria seu sustento.
Tenho visto os pregadores eletrônicos do conforto do meu lar. Eles pregam o mesmo Deus que eu prego. Tenho visto e ouvido seus programas de TV e rádio. E sei de suas campanhas de semeadores, ajudadores, atalaias, ou o nome que se queira dar para aqueles que, para além de seus dízimos e ofertas, contribuem especificamente para a manutenção dos ministérios eletrônicos. Claro, temos mais é que ajudar mesmo. O Evangelho do Reino deve ser pregado a tempo e fora de tempo. O que me chama a atenção é que aqueles que contribuem, dão seu testemunho. E o seu testemunho é sobre prosperidade. Eles deram dinheiro e recebem mais dinheiro. Quem sou eu pra duvidar, deve ser assim mesmo. Vez por outra, percebemos uma certa arrogância em quem testemunha, como se fosse obrigação do Altíssimo o abençoar porque ele abençoou a obra, mas isto é assunto para outro post...
O paralítico de nascença que foi abençoado à porta do Templo, saiu glorificando e saltando dentro do Templo e todos ficaram assombrados, pois o conheciam de ficar na porta pedindo esmolas, o homem tinha mais de quarenta anos, enfim: o homem deu testemunho do milagre que se operara em sua vida.
Fazendo a ponte hermenêutica, fico pensando: será que só ouvimos testemunho de dinheiro porque foi nisto que se transformou a obra do Senhor? Uma barganha com Deus? Eu dou o que Sua obra precisa e o Senhor me dá o que eu quero? Pensando de maneira mais sóbria: será que não ouvimos, ou ouvimos com pouquíssima freqüência, testemunhos de transformação de vidas (abandono das drogas, da bebida, curas, restauração familiar) porque, enquanto igreja, já não temos mais aquilo que Pedro e João tinham? Falta-nos a Virtude do Espírito Santo para operar milagres? Conta-nos uma história - que recebi por tradução oral, desconheço a fonte - que certa vez (em torno do ano 400 da era cristã), Agostinho, o famoso Santo Agostinho, Bispo de Hipona, um dos pais da Igreja, visitou uma igreja em que o presbítero, certo de que estava fazendo da melhor maneira possível o seu trabalho, abriu uma porta e mostrou uma pequena fortuna ao então Bispo Agostinho, oriunda das ofertas, e disse: "Certamente, Bispo, não precisamos mais dizer a quem nos pede: 'Ouro e Prata não temos...'", ao que Agostinho replicou: "É verdade... Mas será que temos condições, como eles (Pedro e João) tiveram, de dizer: 'Em nome de Cristo Jesus, levanta-te e põe-te de pé!'". Percebo, triste, o quão atual é esta frase, a ponto de "elevar" Agostinho a "profeta". Pensem nisto.
Espero, em Cristo, estar enganado.
Ósculos Santos,
Tio Alf. Ah, sim, se algum leitor souber de alguma referência da história citada, me atualize, por favor.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Aquele que pecava...

Amados, a Paz do Senhor!
Sou um homem pecador. Talvez em minha descrição de perfil, eu devesse ter colocado que sou pecador, ao invés de escrever: "vai lendo aí...". Claro, sou também muitas outras coisas. Sou, também servo. Claro, de novo, um servo ruim. Não dou conta de viver sem pecado, logo, não atinjo os objetivos de santidade. Só sou santo diante da ótica divina, conforme citado pelo autor de Efésios: "... para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;" (Ef 1:4b - ACRF). Explicando melhor, somente transformado pelo sangue de Cristo na minha vida, somente sendo visto através do sangue de Cristo, como se fosse uma lente especial, é que sou visto como santo e irrepreensível diante do olhar amoroso de Deus. Sem este sangue, por mais que me esforce, serei pecador. O sangue de Cristo é a unica e suficiente redenção para minha vida. Deixei de ser pecador? Não, passo a ser pecador remido e, pela ação contínua do sangue, revigorada pela confissão e perdão dos pecados, é que sou santo. Vejam que exemplo bonito de confissão e perdão: "Então disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. E disse Natã a Davi: Também o SENHOR perdoou o teu pecado; não morrerás." (II Sm 12:13 - ACRF). Ah, sim, falo de mim; mas fique à vontade para fazer a ponte hermenêutica e aplicar o que falo à sua vida. Esta é também a sua situação. Sem Cristo, você está perdido em seus próprios enganos...
Contudo, e aquele que pecava? Ora, este, que não peque mais. Melhor, que busque não pecar mais. Veja o que diz o Apóstolo João em I Jo 1:8 (ACRF): "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.". Então, sempre pecamos, apesar de nossa luta contra o pecado. Mas devemos buscar não pecar. É ordenança do mestre e é o mesmo Apóstolo João quem nos transmite esta ordenança: Pelo menos duas vezes, Jesus disse, "não peques mais": com o homem à beira do tanque de Siloé (Jo 5:14) e com Maria Madalena (Jo 8:11).
Sabemos que vamos pecar. Isto é certo, tão certo como somos seres humanos. Contudo, retransmito as palavras do Mestre, sem ser herético, juntando-as ao título deste blog: aquele que pecava, "NÃO PEQUES MAIS". No afã de manter imutáveis as palavras de Jesus, ficou sem concordância, mas você entendeu a essência: procure não pecar; mas, sabendo que, se porventura pecar(mos), "temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo." (I Jo 2:1b - ACRF - SIC).
Ósculos, esforçando-se pela santidade,
Alf.